O evangelho de hoje apresenta a parábola que Jesus contou enquanto caminhava rumo a Jerusalém. Os discípulos acreditavam que o Reino de Deus se manifestaria de forma imediata e gloriosa. Para corrigir essa expectativa, Jesus narra a história de um homem nobre que parte para ser coroado rei, deixando moedas de prata aos seus servos e pedindo que negociassem até sua volta.
Cada servo reage de forma diferente: alguns multiplicam fielmente o que receberam e são recompensados com o governo de cidades; outro, tomado pelo medo, nada faz e acaba repreendido, perdendo até o pouco que tinha. A conclusão da parábola mostra que quem é fiel no pouco receberá mais, enquanto quem não produz frutos acabará perdendo o que recebeu. Jesus também anuncia o juízo sobre aqueles que rejeitam o rei.
A falta de paciência dos discípulos fazia com que acreditassem que o fim dos tempos estava próximo. Jesus, então, alerta para não se deixarem enganar por ilusões ou expectativas humanas. A parábola dos talentos aponta para uma nova compreensão do Reino: antes do fim, há uma longa estrada a ser percorrida, repleta de oportunidades para fazer frutificar os dons que Deus confiou a cada um.
Essa leitura é profundamente positiva: convida cada discípulo a se comprometer com o bem, agir com amor, colocar em prática os dons recebidos e não cruzar os braços diante das dificuldades. É no cotidiano que o Reino se manifesta através de ações concretas de misericórdia.
Apliquemos em nossa vida esse ensinamento: que os dons recebidos do Senhor se multipliquem em obras de amor, serviço e caridade.






















